24.3.08

Oh, desculpe, mas tenho que dizer...

Escrevo porque a palavra me sufoca nas cordas vocais. O exagero está na minha comunicação torta e sem ele eu não seria nada. Escrevo porque nem sinto mais. E sinto na escrita dos demais. Escrevo pela saudade de escrever. Saudade de me entregar... a um mundo de dívidas imaginárias com uma realidade que só conheço através dos meus óculos lilás.

Escrevo com medo de não conseguir mais escrever. Escrevo por querer entender. Escrevo para gastar neurônios, que um dia só serviram para me ajudar a escrever.

E escrevo, escrevo, escrevo..

7.3.08

Seja

Coloque seus planetas em suas respectivas órbitas. Não diga aquilo que você nunca diria, não concorde com aquilo que você nunca concordaria. E aceite seu nariz grande.

É difícil, eu sei (e sei mesmo). Desde muito cedo aprendemos a esconder as estranhezas e moldar a máscara de titânio que nos dá o ingresso da aceitação. E tem as pessoas sortudas que nem precisam de muita máscara para sobreviver, elas simplesmente são... "normais".

Mas você, ser não-normal, não se preocupe. O mundo pode dar milhões de lições e regras de como ser e até fazer você pagar castigos psicológicos na sociedade. Mas saiba que ele não está certo. E nem errado.

O que temos de fazer é nos sentir bem. Seja aquilo que você verdadeiramente sente que é. Como tudo tem limites, coloco-lhes aquele que coloco para mim mesma: faça tudo o que bem entender e quiser, mas nunca ultrapasse os limites do próximo. Se você é um pedófilo, compre bonecas e roupas infantis (e vá procurar tratamento urgente), mas não machuque outra pessoa.

Eu sei que, escrito assim, o post parece um curto capítulo de livro de auto-ajuda. Só escrevo porque, se houver UM nego que passe por aqui e saia de um buraco negro igual ao que me engolia fazia pouco tempo, eu fico satisfeita. Porque se sentir mal consigo mesmo e com tudo à sua volta constantemente é a pior coisa que pode acontecer com alguém...

Ser você mesmo pode ser muito ruim, mas não ser você é pior ainda.